Quando a perdi naquele devaneio
quando foi mesmo minha ilusão
doce é o amargo das lembranças
tenho esta garrafa de vinho
e algo para comemorar enfim
sua falta me faz crer no amor
do contrario rasgaria a cortina
e deixaria a luz entrar para me cegar
que anuncia a primavera mais fria
rótulos de garrafas vazias coleciono
como foi bom beber enquanto podia
as rimas escarnecem no gozo perfeito
ilusório e perfeito a luz na janela é pobre
ninguém volta do mar inteiro por uma vela
ninguém volta nem mesmo em janeiro.
Este poema eu escrevi para um dos meus personagens. Faz parte do romance que estou escrevendo agora, talvez eu use no livro ou não. Apenas tinha que testar, imaginar como ele seria capaz de escrever dentro do perfil dele.
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