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DICA DO DIA

12 capítulo - novela - negociante de almas - Röhrig C. - lançamento 2015 - livro

12
Depois do café, decidi ir ao cemitério. Peguei o carro e fui dirigindo até o local. Já estava na hora do almoço e o estacionamento estava vazio. Abri o porta-luvas e retirei o isqueiro e a carteira de cigarros. Fiquei sentado dentro do carro, fumando um cigarro e esperando alguém aparecer. Não sei quanto tempo fiquei ali esperando. Até que um carro entrou pelo portão principal e se aproximou. Os dois homens desceram do carro, e se dirigiram para o lado das capelas.
Desci do meu carro, e caminhei na direção deles.
- Ei! Só um minuto! Gritei.
Os dois homens pararam, e se viraram para trás.
- Bom dia – eu disse -, tudo bom!
- Bom dia! Um deles disse.
- Preciso falar com vocês.
- Você é o cara daquele enterro, que tivemos que carregar o caixão no carrinho. O que você quer?
- Preciso apenas de umas informações.
- Se eu poder ajudar – um deles disse -, o que quer saber?
- Foguinho – o outro disse -, vou te deixar com o teu amigo e continuar o serviço.
- Não se preocupe. Vai ser rápido. Eu disse, enquanto um dos sujeitos continuou andando.
Aproximei-me do Foguinho e começamos a conversar a respeito do que tinha acontecido aquele dia.
- Você se lembra daquele sujeito. Que estava ao meu lado no estacionamento, quando você foi pegar mais material.
- Já faz tanto tempo. Deixa-me pensar um pouco.
- Um sujeito bem vestido de terno e sapatos que brilhavam tanto que pareciam de espelho.
- Lembro, sim. Um sujeito com pinta de milionário.
- Isso.
- O que tem ele?
- Você o conhece?
- Não.
- Mas você já tinha visto ele antes. Sabe alguma coisa.
- Nunca tinha visto até aquele dia. Nem imagino quem possa ser. Mas ele não daqui da região.
- E como sabe?
- A cidade é pequena todo mundo se conhece. E outro um sujeito com aquele estilo. Parece ser mais da capital. Ele parecia ser muito metido.
- Certo. E como anda o serviço?
- Tudo tranquilo. Estamos apenas fazendo manutenção. Lembrei-me de algo.
- Do que?
- Agora pensando, me lembrei de que ele voltou no outro dia. É isso mesmo. Ele estava aqui no cemitério, um dia depois do enterro. Encontrei-o caminhando pelos corredores.
- E o que ele estava fazendo?
- Apenas caminhava. E quando perguntei se ele precisava de alguma coisa. Foi estranho.
- Por quê?
- Ele falou apenas que estava esperando um amigo. Mas não tinha nenhum enterro naquele dia. E que tipo de pessoa marca um encontro no cemitério. Mas depois que conversei, eu não o vi mais. Sumiu.
- Tem certeza que nunca o viu na cidade?
- É claro. Não da para esquecer um sujeito daqueles.
Com quem ele tinha ido se encontrar no outro dia? E porque desapareceu? Se ele queria me entregar o testamento. O pedreiro não tinha motivos para mentir. Ou tinha? A história ficava cada vez mais confusa. A única certeza é que algo muito estranho estava acontecendo. E aquilo tudo podia ser apenas a ponta de um iceberg.

- Obrigado amigo – eu disse -, não vou lhe atrapalhar mais.
- Ok, se precisar de mais alguma coisa sabe onde me encontrar.

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Forma ou fôrma - qual o correto?

As palavras  forma   e   fôrma   existem na língua portuguesa e estão corretas. Podemos utilizar a palavra forma (com a vogal o aberta) como sinônimo de feitio ou para referir a forma conjugada do verbo formar e as palavras fôrma e forma (com a vogal o fechada) como sinônimo de molde. A utilização do acento diferencial é facultativa desde a entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico.   Exemplos – forma (timbre aberto):  Mexer é a forma correta de escrita desta palavra, porque é com x e não com ch.  Sua boa forma é invejável!  A professora forma a fila dos alunos no pátio da escola.  Exemplos – forma (timbre fechado) ou fôrma:  Você tem alguma forma de bolo para me emprestar?  Você tem alguma fôrma de bolo para me emprestar?  Este sapato tem uma forma pequena.  Este sapato tem uma fôrma pequena.  Antigamente, o acento circunflexo era usado para diferenciar a palavra forma (o aberto) da palavra fôrma (o fechado). Contudo, a reforma ortográfica de 1971 aboliu a utilização de acentos

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