Prefácio
Em
julho de 2013. Comecei a escrever essa Novela, na época morava em frente a uma
praça. Naquela manhã por volta das 10 horas, eu estava exatamente como agora,
olhando para o monitor do computador e pensando.
O
barulho da rua incomodando.
Tinha
muito barulho naquele dia. Um grupo de funcionários da prefeitura fazia a
limpeza da praça e a poda das árvores. Era uma agitação de felicidade e
descontração. Fechei a janela que dava para a praça, na tentativa de entrar no
clima da história que ainda não sabia exatamente qual seria.
Passado
uns vinte minutos, escutei o som de dois disparos de arma de fogo.
Na
sequencia alguns gritos, o som de pessoas correndo, uma viatura da policia
chegou alguns minutos depois.
Pelo
barulho percebi que tinha se formado uma aglomeração de pessoas na praça.
Continuei
mantendo o foco na tela em branco do computador.
Com
as horas passando, o grupo se acalmou, e a vida voltou ao normal.
Consegui
escrever as primeiras 10 páginas e sai para fumar um cigarro caminhando pela
praça.
Um
senhor me parou no meio da minha caminhada e relatou o que tinha acontecido
mais sedo. Não lembro com exatidão o que ele relatou. Mas parece que um
policial que estava de folga naquela manhã, perseguiu um assaltante e fez
alguns disparos. Sendo que um daqueles disparos atingiu o bandido e o matou.
Tudo acontecendo ali na praça. E a praça cheia de pessoas que estavam
aproveitando o sol da manhã para caminhar e as que faziam a manutenção do
local. E tudo acontecendo a menos de trinta metros da minha janela.
Terminei
o cigarro e voltei para continuar escrevendo, como se nada tivesse acontecido.
Fez-me lembrar de um livro “Nada de novo no front”.
A
vida continuou, terminei de escrever a novela e publicar.
Um
mês depois de ter publicado a primeira edição. Estava limpando a calha da minha
casa e encontrei um projétil pequeno. A bala tinha acertado o cimento que
juntava as telhas, e depois caiu na calha. Estava amassada por causa do
impacto. Dei uma boa olhada e depois joguei no lixo. E essa é a historia que
não tem nada ver com a novela. Mas foi assim que tudo começou...
A
novela foi ambientada na cidade de Pelotas, no estado do Rio Grande do Sul –
Brasil. E conta a historia de um grupo de personagens boêmios e marginais. Que
na maioria das vezes se encontra a margem da sociedade.
Eles próprios formam uma sociedade paralela.
Onde os valores habituais são naturalmente contestáveis. Existe um código de
ética próprio do grupo.
E
quem vai aos poucos explicando e mostrando este mundo é o escritor Jeux. É o
dia a dia dele e de sua turma que você vai encontrar nestas páginas.
O
mais importante antes de começar a leitura propriamente dita. É conhecer um
pouco do estilo e influencia que estrutura e amarra o enredo.
É
uma novela tipicamente underground.
Apenas para dar uma ideia, underground significa subterrâneo, em
português, e é usado para chamar uma cultura que foge dos padrões normais e
conhecidos pela sociedade.
Isto me faz lembra. Um mito grego, a respeito da primeira mulher que
chegou a terra e com ela a origem de todas as tragédias humanas. É que ela
ganhou de presente dos deuses uma caixa cheia de itens, cada item pior do que o
outro. Apenas um item bom naquela caixa – a esperança.
Vou lhe deixar a caixa de pandora, e você pode dar uma volta por este
ambiente, que normalmente é chamado de cena underground.
Com estes camaradas que tem um estilo beat, e levam a vida como num film noir ‘filme negro’.
No final a gente se encontra e vamos conversar, sobre as camadas desse
jogo.
Mas deixo a dica:
Novela underground
(beat; film noir, romance noir)
Não posso falar mais, se não perde a graça. Boa leitura e nos vemos mais
tarde.
Röhrig C.
30/06/2015-Pelotas/RS
Comentários
Postar um comentário