SEM RESPOSTAS
Acordo
com muita dor no estomago
uma
terrível dor de fome
abro
os olhos e olho para o lado
a
fronha empapada de sangue
sinto
o gosto do sangue na boca
misturado
com a dor no estomago
sento
na cama e olho ao redor
meu
coração parece soluçar
como
se a morte
estivesse
batendo na porta
como
é que consigo ficar assim?
Olho
as garrafas no chão ao lado da cama
como
pude beber tanto assim?
Olho
para o criado-mudo
o
cinzeiro está transbordando de bitucas
como
pude fumar tanto assim?
Levanto,
vou até o frigobar
sirvo
duas doses de vodca gelada e bebo
diluo
o gosto de sangue na boca
meu
estomago começa a queimar
acendo
um cigarro, dou duas tragadas
e
me vem uma ânsia de vomitar
a
cabeça parece que vai explodir
caminho
até o banheiro
fico
olhando meu reflexo no espelho
tomo
o último gole e coloco o copo na pia
mais
uma tragada e apago o cigarro na pia
fico
olhando o meu rosto sem entender
como,
que
ainda consigo manter a porta fechada.
Röhrig C.
#poet, #poetry, #poem,
#author, #writer, #book, #literature, #contemporary
#poeta, #poesia,
#poema, #autor, #escritor, #livro, #literatura, #contemporânea
#poète, #poésie,
#auteur, #écrivain, #livre, #littérature, #contemporain
#poeta, #poesia,
#poesia, #autore, #scrittore, #libro, #letteratura, #contemporaneo
Comentários
Postar um comentário