EFEITO
WERTHER (09)
Dava para escutar o barulho do
vibrador do corredor, abri a porta com dificuldade carregando as sacolas. Sofia
estava jogada de pernas abertas no sofá, esfregando a ponta daquele troço no
clítoris.
- Bonito né! Eu disse.
Ela gemeu e sorriu.
- Coloca as compras na mesa, -
ela disse – depois eu arrumo.
Larguei as compras, peguei uma
cerveja na geladeira e fui para o quarto esperar ela terminar.
Nietzsche, sempre me pareceu
um sujeito esperto, nos amamos o desejo de amar, não a pessoa que achamos que
amamos. Até onde, ainda conseguia amar o desejo de amar, esse amor por Sofia
parecia ser o problema. Resolvi não pensar muito no assunto e beber minha
cerveja tranquilamente, mas o barulho do vibrador se espalhava por toda parte. Suas
provocações estavam me enlouquecendo e ao mesmo tempo não conseguia me ver
morando sozinho de novo. Maldita procrastinação!
Dez minutos depois voltei a
sala.
- Já gozou? Vai demorar muito
ainda? Eu disse.
Sofia desligou o aparelho e me
olhou nos olhos.
- Amorzinho me alcança um copo
d’água. Ela disse.
- Puta que pariu! Agora virei
seu escravo?
- Não seja tolo, - ela disse –
é só um copo d’água para o seu amorzinho.
- Se quer água, levanta essa
bunda e vai na cozinha pegar. E aproveita para arrumar as compras na geladeira
antes que estrague tudo.
- Seu maldito grosso! Ela
disse e levantou.
Aproveitei que ela foi na
cozinha e voltei para a rua.
(continua 😊) Röhrig C.
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