MORAL
DE CALCINHAS
A moralidade sempre foi um
assunto que me cativou muito. Nada pode ser mais delicioso do que uma pessoa
moralista.
Fiz um perfil no TINDER com o
intuito de provar minhas teorias na pratica. Vou explicar exatamente o que fiz
nos mínimos detalhes neste texto.
O texto também está cheio de ótimas
dicas para quem curte sexo casual. Poderia trocar o titulo para “como conseguir
500 mulheres em um MÊS para sexo casual”.
Se acha esse número alto é
porque você não sabe de nada a respeito dessa arte. Estipulei um raio de caça
de 10km e coloquei uma barreira sutil, dei a entender no perfil que era casado,
pelo menos foi o que todas acharam num primeiro contato.
Escolhi apenas mulheres compatíveis com o
perfil que criei, meu foco foi mulheres com nível superior, pelo menos uma
faculdade concluída, financeiramente estáveis e que gostam de viajar. Analisei o
perfil de cada uma, fotos e descrição. Nas fotos procurei ver o estilo de como
se vestem, cuidam de seu corpo e aparência, e os locais que gostam de
frequentar. Na descrição procurei indícios que pudessem revelar o lado
intelectual, cultural, e principalmente se eram pessoas discretas e de aparência
seria. Todas as mulheres que tinham um perfil vulgar evitei.
A faixa etária foi a mais
abrangente possível de 18 anos até 60 anos. Mas a média ficou mesmo entre 45
anos a 53 anos. Posso dizer que 80% dos 500 espécimes tinham essa idade. Outro dado interessante é que nesse grupo de
80%, a maioria, praticamente 90% tem 47 anos.
Um fator que pode mascarar um
pouco os dados, é o local onde moro, por ser um bairro boêmio cheio de bares,
restaurantes, cafés e casas noturnas, o que faz convergir uma grande quantidade
de mulheres que moram em outros bairros e locais da cidade, que vem a procura de diversão no final da tarde e a
noite, praticamente os sete dias da semana. Também existem muitos escritórios,
empresas e lojas, mantendo um fluxo praticamente ininterrupto durante as 24
horas do dia. E existe o turismo que traz
muitas mulheres que estão de passagem pela cidade. Tem as que residem na
região. Se estivesse falando a respeito
de uma pescaria, poderia definir como quatro grandes cardumes, as que vem por
diversão, as que trabalham, as turistas, as residentes.
Para o meu personagem, escolhi
algumas fotos aonde o cenário era a Europa, para dar a entender que tinha uma
situação financeira razoável, outras fotos com minha bicicleta e natureza, para
criar um personagem que curte vida saudável, viagens, entre outras coisas
simples que cativam as mulheres de maneira geral. Dei um certo ar intelectual,
mulheres se sentem atraídas por sujeitos inteligentes, amáveis e que gostem de
cultura. Pelo menos esse tipo de mulher que foi o meu foco de estudo.
Além das fotos, escrevi duas
palavras “massagista discreto”. E ai, é que começa a parte engraçada. Como disse
antes todas deduziram que o “discreto” estava relacionado a ideia de eu ser “casado”.
O que não foi nenhum empecilho para nenhuma delas quererem se aproximar. Dos
500 espécimes apenas 20 eram casadas, não consegui averiguar a real situação
das outras, mas pela minha experiência posso dizer que uma razoável parcela
deva ter algum amante, mais ou menos fixo, ou namorado.
Uma outra observação interessante a respeito
de mulheres de 47 anos é que uma grande parcela quando termina um namoro ou relacionamento,
após um breve espaço de tempo, em torno de dois a três dias, acaba saindo com
outro sujeito e transando. Esse novo relacionamento pode durar em torno de 1 mês,
tempo suficiente para elas se acertarem novamente com o sujeito do antigo
relacionamento ao qual acreditam que ainda estão apaixonadas. Principalmente se
o novo sujeito não demonstra interesse em ter um relacionamento sério e só quer
fazer sexo. Em média o sujeito intermediário, que fica neste momento, consegue
pelo menos umas 8 ou 10 relações sexuais, antes dela voltar para o antigo amor.
Voltando ao assunto do “massagista
discreto”, as negociações continuaram até que revelei que não era casado,
ficando a pergunta “então, por que discreto?”. Revelei que o “discreto” era
mais pensando na reputação delas e não na minha. “Mas, por quê?” elas
insistiam. Fui taxativo e direto “Porquê cobro para transar, não faço sexo de
graça.”
Ficando a grande pergunta. Das
500 mulheres, 500 não acharam errado sair com um sujeito casado para transar,
mas 495 acharam um absurdo um homem cobrar para transar com elas. 5 mulheres
acharam a ideia bem legal e quiseram mais informações. É ou não é, uma moral
de calcinhas?
Depois reclamam que os homens
tem moral de cuecas, que traem e aprontam. Se eu fosse casado e tivesse muita,
mas muita disposição física para transar com 500 mulheres em 1 mês, poderia ter
ocorrido. Mas aposto que essas mesmas mulheres ficariam horrorizadas se fossem traídas
por seus maridos e namorados.
Outra coisa que observei, foi
que os tempos mudaram e existem cada vez mais relacionamentos abertos, o que é
justo para ambas as partes quando é acordado de maneira clara e explicita. O
que não pode ocorrer, é aquele velho machismo, onde o homem propõe um
relacionamento aberto no qual apenas ele pode desfrutar e exige fidelidade da
mulher. Se é uma relação livre, a liberdade deve ser estendida a ambos os cônjuges.
E existe a versão feminista também, onde a mulher sai transando com qualquer
sujeito, mas mantem o parceiro a rédeas curtas.
Não acho que sexo seja algo
moral ou imoral, vejo no ato sexual apenas sexo, carinho e amizade.
O único problema que vejo em
toda essa história é a hipocrisia. Aquela velha frase “faça o que digo, mas não
faça o que eu faço!”.
Um brinde a putaria e as relações descartáveis!
Que século maravilhoso estamos vivendo!
Röhrig C.
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