EFEITO
WERTHER (11)
Acordei com o cheiro do café, e
vi aquela mulher nua na minha frente. Ela se aproximou da cama e alcançou a
xícara.
- Bom dia querido, - ela disse
– você dormiu bem?
- Sim, dormi muito bem. Eu
disse.
- Que bom que ficou, também
dormi bem.
Fiquei sentado na cama tomando
o café sem saber o que dizer, sem entender o que tinha acontecido. Ela parecia
feliz em me ver ali, eu já não tinha a mesma certeza. Apenas estava ali, como
poderia estar em qualquer outro lugar do mundo. Estava apenas pensando em como
iria me explicar quando chegasse no apartamento. Por enquanto ficava olhando
aquele tufo de pentelhos pretos que cobria sua buceta.
- Vou tomar um banho, e depois
preciso sair. Me desculpe por não podermos ficar mais. Ela disse.
- Tudo bem, também preciso ir.
Mas podemos nos despedir de maneira mais adequada. Eu disse, e coloquei minha mão
naquele tufo.
Patrícia deu um suspiro e se ajeitou
na cama. Terminei o café e comecei a brincar com meus dedos em sua buceta. Ela abriu
mais as pernas, larguei a xícara e comecei a chupa-la.
Ficamos mais uma hora
brincando na cama, até que o despertador do celular tocou. E ela se
desvencilhou rápido das minhas mãos.
- Agora precisamos ir mesmo, -
ela disse - adorei te conhecer, quer vir hoje a noite aqui em casa de novo?
- Também gostei, mas hoje à
noite já tenho um outro compromisso. Mas podemos combinar outra noite.
- Você tem namorada? É casado?
- Moro com uma amiga. E você?
- Ontem eu briguei com meu namorado.
Descobri que o cachorro tinha outra.
- Isso acontece. Fui sua
vingança?
- Uma delicia de vingança.
- Daqui a pouco vocês se
acertam de novo, enquanto isso podemos aproveitar.
- Você acha mesmo?
- Sim, você é uma mulher muito
legal. E fode muito, adorei nossa trepada.
- Que bom querido, mas agora
vamos.
- Pode tomar seu banho, vou
ficar aqui fumando um cigarro.
- Amanhã então?
- Pode ser, passo as 20h?
- Perfeito querido, podemos
jantar aqui em casa.
- Combinado.
Ela pegou a roupa e abriu uma
porta no fundo do quarto que dava para um pequeno banheiro. Não tinha percebido
aquela porta durante a noite. Deveria estar muito bêbado, não conseguia lembrar
de muita coisa do que tinha acontecido, ou como tinha ido parar ali. Continuei
deitado na cama, escutando o barulho do chuveiro.
(continua 😊) Röhrig C.
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