Voltei da biblioteca naquela
tarde e fui direto para a casa de um amigo. Ficamos bebendo e discutindo
literatura. Sempre com aquele jeito de autodefesa, cada qual mais esperto do
que o outro. Quanto mais bebíamos a ideia ia ficando mais clara ao nosso
respeito. Tínhamos um ódio que chegava a constranger, cada qual era dono da
razão à sua maneira e tentava convencer o outro sem muita sorte. Depois de umas
duas horas bebendo cheguei a conclusão de que não adiantava, comecei a
concordar com tudo.
- Você, realmente acredita
que estamos criando algo? - Perguntei.
- Sim, meu caro. Eu estou
reinventando a literatura de uma maneira universal.
- Pensei que o que você
escrevia tinha a ver com algum clube.
- Clube?! - Maciel, ficou
admirado.
- Sim, um clube ou tipo de
organização.
- Mas, porque você pensa isso?
- Tenho lido o que você
escreve.
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