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DICA DO DIA

7 poemas e uma pequena biografia



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BRINCANDO COM SEUS SENTIMENTOS
Sou o que pode cair primeiro
não tenho boas intenções
sou apenas um ladrão
de almas coleciono apenas o ócio
danço com as nuvens e desço
e desço até o inferno por você
um dia olhei pela janela
e tínhamos um caminho
depois do almoço
podíamos passear em uma sesta
e a vida era assim tranquila
e os cavalos no carrossel
a dar voltas.
                                               Röhrig
















AS HORAS QUE SE PERDEM E NUNCA MAIS SE ACHAM
 Um punhado de tempo, vejo cobrindo os meus sapatos
que vai despindo minhas intenções e crenças
quando o mais importante é seguir em frente
tudo vai caindo por terra como roupas desnecessárias
tenho um coração que sofre quando olho para trás
e você ainda está no mesmo lugar
não posso mais lhe alcançar nessa distancia infinita
por fim percebo que não aprendemos nada
além de percorrer distancias infinitas
e as escolhas me caem como um balsamo
uma chuva de verão depois de uma longa caminhada
um salvo conduto para lugar nenhum
quando olho para trás
você ainda está no mesmo lugar
não lhe posso provar mais nada
não temos mais nada para provar
 então o tempo só pode ser esse abismo
entre os sonhos e a realidade.
                                                                                Röhrig












NÃO VÁ EMBORA EM SILÊNCIO
Vamos voltar ao jardim, um passo de cada vez
portas que se fecham, pela última vez
ao lado da árvore tem um banco de mármore
só assistindo as folhas enquanto caem
naquela sombria colina tem um coração
um dia frio com um horizonte sem ondas
cada um do seu lado, cada um em seu estado
primitivos são nossos interesses, joguinhos bem-comportados 
luz e sombras, imagens atormentadas 
as mãos que tanto se tocaram, agora se perdem
na multidão de mãos perdidas que se agarram
no vazio que toma todos os espaços e formas
um eco invade a minha mente trazendo vozes
como um eco que invade uma caverna vazia
trazendo suas almas zombeteiras
tudo é apenas uma brincadeira.

                                                                                          Röhrig C.











CHEIRO DE GLICERINA
Pisando em nuvens
me perdendo entre nuvens
sabendo aonde ir
um dia de domingo
e você está vestida de vermelho
tenho meu jeans
e tudo bem
hoje é mais um dia
temos uma vida toda
e não podemos nos perder
mas nos perdemos
e o tempo seguiu
sem ao menos nos perguntar
ficamos apenas
com as lembranças
e tudo mais
que não coube em nossa
bagagem.

                                                  Röhrig C.










QUANDO DUAS ALMAS PERDIDAS SE ENCONTRAM


Ao seu lado todos os caminhos
 levam ao paraíso
talvez não seja um poema
talvez seja apenas um sentimento
como pétalas sopradas ao vento
fico olhando você dormir
ao meu lado em queda livre
e o seu calor me toca e dançamos 
como asas de cera
em meus sonhos
espantamos a escuridão
e gritamos para o horror
sonho acordado
guardando seus sonhos
você me faz sonhar alto
como um guardião do precipício
tenho as chaves do inferno
e lhe estendo a mão
venha para os meus sonhos
e eu digo: Agora!
E você sorri.

                                                              Röhrig C.





Dr. Jekyll e Mr. Hyde
O passado faz parte do futuro
engrenagens de um relógio
quando o desejo chega ao fim
e tudo mais é desejo
minha mente é um pássaro epilético
preso em minhas próprias grades de absinto
suas certezas são apenas medos
que me torna um outro
tenta me convencer que o lado mais claro
é o certo com suas certezas
porque temes as possibilidades
existe um lado escuro e incerto
sem jogos de sombras que justifiquem
um último mergulho é sempre
tentador correr na direção errada
uma forma de se aliviar a dor
é a provocar em outro lugar.
                                                                 Röhrig C.














NÃO VÁ EMBORA EM SILÊNCIO

Vamos voltar ao jardim, um passo de cada vez

portas que se fecham, pela última vez

ao lado da árvore tem um banco de mármore

só assistindo as folhas enquanto caem

naquela sombria colina tem um coração

um dia frio com um horizonte sem ondas

cada um do seu lado, cada um em seu estado

primitivos são nossos interesses, joguinhos bem-comportados

luz e sombras, imagens atormentadas

as mãos que tanto se tocaram, agora se perdem

na multidão de mãos perdidas que se agarram

no vazio que toma todos os espaços e formas

um eco invade a minha mente trazendo vozes

como um eco que invade uma caverna vazia

trazendo suas almas zombeteiras

tudo é apenas uma brincadeira.



                                                                                          Röhrig






Biografia:


Röhrig, nome literário de Clarimundo Röhrig, nasceu em 27 de dezembro de 1971.

Natural de Pedro Osório, Rio Grande do Sul, Brasil.


Ganhador de vários prêmios em concursos literários atualmente possui 37 livros publicados, entre romance, novelas, contos, poesias, pensamentos e roteiros para teatro.

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Forma ou fôrma - qual o correto?

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