“A melhor forma é não usar uma fôrma
ou fórmula.”
Na escola
aprendemos que uma história tem que ter início, meio e fim. Como sendo um único
bloco com três divisões. Podemos imaginar um jeito linear (uma linha reta)
INÍCIO
|
MEIO
|
FIM
|
- Onde está
o problema nisso? A história fica obvia, o leitor não precisa nem se dar ao
trabalho de ler. Ele já sabe o final.
Vamos tornar isso mais interessante:
Pegamos agora
esse bloco e dividimos em 3 blocos (3 unidades ou Atos)
MEIO
|
FIM
|
Cada ATO (unidade)
vai ser novamente dividida na proporção 70% + 30 % = 100 %
INÍCIO
|
MEIO
|
FIM
|
Ainda estamos falando de um
pensamento linear, ou seja:
Ato 1(início)
+ Ato 2 (meio)+ Ato 3 (fim) = Historia
Sendo que em
cada “Ato” temos no final um ponto diferente que significa uma mudança (ponto
de virada ou clímax)
Ato 1 = 20
páginas (30% é destinado ao ponto de virada “clímax do
ato”)
Ato 2 = 60
páginas (30% é destinado ao ponto de virada “clímax do ato”)
Ato 3 = 20
páginas (30% é destinado ao ponto de virada “clímax do ato”)
Ato 1 INÍCIO (20 páginas)
- No início
os personagens se encontram em sua zona de conforto, é onde podemos aproveitar
para descrever os personagens e o cenário (70%)
- Clímax do
Ato – O chamado ponto de virada, é onde tiramos o personagem da zona de
conforto e jogamos ele na história que queremos contar. (30%)
Ato 2 MEIO (60 páginas)
- Aqui é
onde vamos desenvolver a história e justificar um pouco os motivos pelo qual o
personagem resolveu embarcar nessa viagem (70%)
- Clímax do
Ato – algo deve acontecer para levar o personagem em outra direção (30%)
Ato 3 FIM (20 páginas)
- Preparar o
personagem para o final, onde tudo é esclarecido (70%)
- Clímax do
Ato – GRANDE CLÍMAX “o final inesperado “(30%)
Resultado = uma trama linear
— O QUE PODEMOS FAZER
PARA MUDAR ISSO?
Existem 2 gêneros (masculino e feminino), isso quer dizer que
existem 2 maneiras de pensar.
O pensamento masculino é normalmente mais linear, objetivo e
focado.
O pensamento feminino é mais em espiral, ele observa e
absorve o entorno.
Uma ideia
para podermos quebrar essa estrutura é criar outras tramas durante o percurso
da história mesclando os 2 gêneros.
A)
Exemplo linear:
Enredo: O personagem principal é um fazendeiro que adora o
seu cavalo.
1 Ato – a vida na fazenda e o amor pelo cavalo, que some da
fazenda.
2 Ato – o fazendeiro sai a procura do cavalo, descobre que um
vizinho roubou o cavalo.
3 Ato – ele enfrenta
o vizinho para recuperar o cavalo, no final consegue recuperar.
B)
Exemplo mesclando os gêneros:
Enredo: O
personagem principal é um fazendeiro que adora o seu cavalo.
1 Ato – a
vida na fazenda e o amor pelo cavalo, que some da fazenda.
2 Ato – o
fazendeiro sai a procura do cavalo, descobre que um vizinho roubou o cavalo.
Desvio: nessa procura ele encontra uma
antiga paixão e fica sabendo que a mulher teve uma filha.
3 Ato – ele
enfrenta o vizinho para recuperar o cavalo, no final consegue recuperar.
Desvio: descobre que a filha cega do vizinho
se apegou ao cavalo, e que essa menina na verdade é a filha que ele teve com
aquela antiga paixão.
Final:
—Ele acaba deixando
o cavalo com a menina.
—Ele recupera
o animal apesar de saber que a menina vai sofrer.
—Os dois
vizinhos lutam pela posse do animal e o fazendeiro morre.
—O fazendeiro
mata o vizinho e acaba preso.
—Apesar do
fazendeiro descobrir onde está o cavalo, ele chega muito tarde e o animal sofre
um acidente e morre.
·
Dessa
forma podemos ter os mais variados desfechos (usando os dois gêneros).
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